Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, aproximou-se do proprietário, conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar. O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou: “Por favor, senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...”, ao que lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta, na sua loja. Em pé, no balcão ao lado, um freguês que assistia à conversa entre os dois, se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta. Então, o comerciante falou meio relutante, para a pobre mulher: “Você tem uma lista de mantimentos?” “Sim”, respondeu ela. “Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em ma...